Confira os Impostos Que uma Pequena Empresa Deve Pagar

 

A alta carga tributária no Brasil é algo que assusta os empreendedores iniciantes ou aqueles que sonham em abrir o próprio negócio. Realmente são vários impostos a ser pagos, mas nada que não possa ser resolvido com planejamento e organização. Se você tem dúvidas a respeito dos tributos que uma empresa que faz parte do Simples Nacional precisa pagar, continue acompanhando e saiba mais.

Simples Nacional: O Que é?

Trata-se de uma forma simplificada de pagar tributos, como IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, Cofins, IPI, ICMS, ISS e CPP, que é direcionada para as micro e pequenas empresas. Ele reúne todos esses impostos em apenas um, facilitando o cálculo e o pagamento. Porém, não se deixe enganar pelo nome, já que não é tão simples quanto parece e é importante buscar informações para não perder dinheiro e nem ficar na irregularidade.

Basicamente, a empresa deve fazer um cálculo para saber quanto deve pagar de imposto de acordo com a sua atividade e o seu faturamento no último ano. Confira alguns exemplos das alíquotas máximas e mínimas de algumas atividades:

  • Comércio: Mínimo: 4% / Máximo: 11,61%
  • Indústria: Mínimo: 4,5% / Máximo: 12,11%
  • Serviços: Mínimo: 4% / Máximo: 16,85%

Como se pode ver, o percentual começa baixo e aumenta de acordo com o faturamento anual, podendo chegar a valores bem mais altos.

Além de poder pagar oito tributos por meio de uma única guia, a empresa optante pelo simples tem outras vantagens, como maior facilidade para apurar os seus tributos mensais, não é obrigada a ter contabilidade como exige as Leis Comerciais, não tem muitas obrigações extras, etc.

São muitos detalhes que envolvem o pagamento de impostos, por isso é importante que o empreendedor conheça as condições de ter sua empresa sob outros regimes, como o Lucro Real e Lucro Presumido, a fim de descobrir qual trará maior economia. Por mais que esses regimes exijam o pagamento de tributos separadamente, dependendo das variáveis que citei, como o faturamento anual, talvez sejam mais vantajosos.

Os Impostos Pagos no Simples Nacional

Como citei anteriormente, uma das grandes vantagens de optar pelos Simples é o fato de poder pagar oito impostos em apenas uma guia. Veja, a seguir, quais são esses impostos:

  • IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica: Calculado levando em consideração o faturamento da empresa.
  • CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL): Calculada em relação ao regime escolhido para pagamento do Imposto de Renda.
  • PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público: Alíquota de 0,65% para pequenas empresas e 1,65% para as que estão sob regime de Lucro Real.
  • Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social: Para empresas que estão dentro do Simples Nacional a alíquota é de 3%. Já para as outras é de 7,6%.
  • IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados: Varia de acordo com o tipo de produto.
  • ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: Varia de acordo com o estado.
  • ISS – Imposto Sobre Serviços: Varia de acordo com o tipo de serviço, de 2 a 5% sobre o valor.
  • CPP – Contribuição Previdenciária Patronal: Tributo que incide sobre a folha de pagamento. Para empresas não optantes pelo Simples a alíquota é de 20%.

Variáveis Que Influenciam nas Alíquotas

Saiba quais são as variáveis que fazem com que a alíquota seja mais alta no Simples Nacional.

Atividade da Empresa: Como disse anteriormente, dependendo do ramo de atuação do seu negócio, a alíquota do Simples pode ficar extremamente alta. É necessário se informar e verificar qual seria o valor nos regimes de Lucro Real e também no Lucro Presumido a fim de optar pelo que irá gerar um custo menor.

Custo da Folha de Pagamento: Quanto maior for a sua folha de pagamento, mais o Simples Nacional se torna interessante, pois a alíquota tende a ser menor.

Lucratividade x Faturamento: No regime de Lucro Presumido, o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados levando em consideração o lucro previsto, variando de 1,6 até 32%. Dessa forma, se o negócio não teve lucro está isento de pagar esses impostos.

ICMS e IPI: O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) são os tributos que os empreendedores mais costumam levar em consideração ao decidir o regime de tributação do seu negócio. Possuem as alíquotas mais altas, mas, por outro lado, dão à empresa não optante do Simples Nacional o benefício de comprar mercadorias, equipamentos, matéria-prima e outros insumos sem a incidência deles. Nesse caso, o ICMS e o IPI irão incidir apenas sobre a margem de lucro.

Definir o regime tributário de uma empresa é algo que requer um amplo conhecimento. Por isso, se você não tem experiência na área, ou mesmo que tenha, é sempre interessante contar com o suporte de um contador, pois ele poderá te orientar a fazer a escolha mais vantajosa. Além disso, um profissional experiente irá te ajudar no planejamento tributário da empresa, a fim de que ela seja mantida dentro da regularidade, com todas as taxas pagas em dia.

 

Fonte: Blog do Marcus Marques

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