Caminho entre os efeitos do Coronavírus: a soma das partes é maior que o todo!

Os impactos nas empresas e nos empregos, referente ao efeito do coronavírus já começaram, mas ainda não se sabe toda a proporção. Têm-se a angústia, notícias, o medo, dúvidas e a realidade deste “efeito borboleta” que ainda não é possível mensurar.

O que se tem até o momento, é que boa parte das empresas já estão com quedas de receitas, precisando rever todo seu planejamento estratégico e principalmente sua estrutura de custos e pessoas. Decisão difícil para todos os lados: para quem precisa decidir se vai ter que cortar ou reduzir e para quem está do outro lado da moeda: vou perder meu trabalho ou reduzir minha renda e como será o meu amanhã. Em comum? O medo e as perdas, em grau menor ou maior. Todos da cadeia saem perdendo!

Mas será que há algo a ser feito? Temos um caminho do meio, além dos extremos? Acredito que sim, sempre há uma alternativa que cause menos dano ao sistema como um todo, entenda neste artigo: sistema empresa, pessoas e mercado.

Lembrando que quanto mais desempregados tivermos, maior será o impacto no consumo e às empresas precisam do consumo para se manterem e crescerem. Salientando que não sou economista e sim administradora, apenas coloco uma visão sistêmica do todo e seus reflexos.

Outro ponto é que colaboradores que sempre ficaram numa postura mediana de contribuição, tratando a empresa que trabalha como um oxigênio para sobreviver, reclamando e entregando menos, precisam rever imediatamente esta forma de pensar e agir. Porque mais do que nunca, não haverá espaço para o mais ou menos, para o toca toca.

Tanto empresas quanto os colaboradores e seus líderes, precisam alinhar a visão de que “estamos no mesmo barco”. Se a empresa cai, todos os envolvidos caem. Se a empresa também não valorizar seu capital humano, que são agentes de mudanças e produtividade, bem como outros que possam contribuir para o desenvolvimento de seus profissionais, também irão perder competitividade e espaço no seu mercado.

Decisões e comportamentos isolados não valem mais. Esta experiência mundial, requer um reinventar sobre uma visão integrada, envolvendo todos os “stakeholders” em prol de objetivos comuns.

Talvez esteja sendo ousada, mas o que vejo como caminho alternativo aos extremos, preparando desde já para o futuro que se quer ter e/ou mesmo evitar é: o todo precisa ser maior que às partes para sair de um grande desafio.

Guerras de ego, posições individualistas, autoritarismo, reações impulsivas, falta de visão estratégica e cooperação, serão elementos mais nocivos que o vírus para o desempenho das empresas e a continuidade de seus profissionais.

Empresários e líderes

Quanto você tem realmente se posicionado fora da esfera individual e do medo da sobrevivência preparando e alinhando colaboradores com as novas estratégias? Você tem decidido e compartilhado a nova visão com seu time ou apenas manda quem pode, obedece quem tem juízo? Quem continua no time, está tendo suporte para continuar produtivo, engajado e devidamente treinado para este novo contexto?

Colaboradores

E você colaborador, está se preparando com todas as habilidades e competências para este novo cenário? Quanto está disposto a inovar e criar para apoiar a retomada de crescimento da sua empresa? Quanto está desenvolvendo seu espírito empreendedor dentro da organização que trabalha? Quanto tem se preparado para se reposicionar neste novo “mundo” profissional?

Reflexões!!!

Responder estas perguntas, podem não trazer todas as soluções, mas com certeza trará novas escolhas, mais assertivas, além do medo e angústia.

Na minha opinião, não serão às máquinas que irão salvar às empresas deste tsunami. Será a maestria de conduzir uma orquestra, composta de pessoas (empresários, líderes, colaboradores, fornecedores, mercado) com planejamento, vontade, colaboração, conexão e visão sistêmica (ver a floresta e não apenas a árvore).

Quem não estiver pronto, mas tem vontade, prepare-se. Esta responsabilidade será de todos empresas, líderes e colaboradores. O potencial pode ser desenvolvido, ele não é nato, mas requer coragem e desejo de ambas as partes.

Novamente, é chegada a hora de sair do discurso e pouca prática dentro das empresas: somos todos integrados. Às decisões vencedoras a partir de agora serão: não há lado, o todo estratégico e alinhado será soberano.

*“stakeholders” são os agentes da sociedade que têm algum interesse em um dado negócio, mesmo que não sejam os únicos ou nem mesmo os principais interessados nesse negócio.” Wikepédia

Sucesso integrado!

Dirlene Costa

Coach e Mentora Executiva CEO High Performance Consultoria e Treinamentos

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